DOR DE CABEÇA PODE INDICAR PROBLEMA NA COLUNA
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São Paulo, Abril de 2020 – Estar em isolamento social, indicado pelas autoridades de saúde e governos, devido à pandemia do COVID-19, pode ser um desafio para os idosos. No Brasil, eles representam cerca de 10% da população, com aproximadamente 28 milhões de pessoas, um grupo que precisa de atenção e cuidado.
Segundo o Ministério da Saúde, um terço dos idosos sofre pelo menos uma queda por ano, mas quando acima de 80 anos o número sobe para 40%. As quedas podem levar à fraturas, necessidade de internação e redução da qualidade de vida, devido à limitação de movimentos. Além destes riscos, há a necessidade de cuidados com a saúde e convívio social.
Segundo Dr. Cezar de Oliveira, neurocirurgião, especialista em coluna e chefe de equipes de neurocirurgia do Hospital Sírio-Libanês, explica que “com o avanço da idade, as interações nervosas, responsáveis pela função motora, como equilíbrio e marcha, respondem às necessidades com um pouco mais de lentidão. Isso pode ser inerente da idade, decorrer de problemas de saúde ou mesmo pelo uso de medicamentos”.
Para minimizar acidentes e manter a saúde do corpo e da mente, Dr. Cezar indica algumas observações para o dia a dia. Caso o idoso não tenha condições de se cuidar sozinho, é importante o acompanhamento algum familiar ou cuidador profissional, com os devidos cuidados para evitar a contaminação pelo COVID-19.
– Estabelecer uma rotina: ter horário para acordar, se arrumar, desempenhar tarefas e se alimentar é importante para o cérebro se manter ativo. Cada tarefa pode ser vista como um objetivo. No seu cumprimento, o corpo aumenta os níveis de dopamina, um dos hormônios responsáveis pelo bem-estar.
– Cuidado com a alimentação: manter uma alimentação saudável é essencial para a manutenção da saúde de todos. Precisa ser firme para não ‘beliscar’ fora de hora ou cuidar para não ter excessos de gordura.
– Praticar exercícios físicos: na impossibilidade de fazer uma caminhada, é importante tentar algo que funcione, mesmo em pequenos espaços. Como levantar pesinhos (pode ser com uma garrafa de óleo ou leite), fazer alongamento, praticar tai chi chuan, ou mesmo tentar uma dança. Na internet há boas opções para orientar e animar o momento.
– Manter contato com as pessoas: na falta de poder ir às ruas para conversar, falar com a família e com os amigos é possível fazer isso por meio de vídeos. A alternativa é importante para minimizar a sensação de distância e ajuda a cuidar da saúde emocional, muito importante nessa idade.
– Verificar se a casa não tem “armadilhas” para quedas: tapetes, pisos encerados e sem adesivos antiderrapantes, falta de corrimãos nas escadas e corredores, utensílios em lugares altos, que precisem de escadas, degraus muito altos… Tudo isso pode provocar quedas e, para evitá-las, é importante adaptar a casa às necessidades do idoso.
“É importante ressaltar que, quando falamos em criar uma rotina e remover as armadilhas, todas as medidas devem ser introduzidas aos poucos, sem removê-los da sua casa, da segurança do seu espaço. Sobretudo quando há sinais de demência senil, pois uma mudança brusca os deixa perdidos e pode agravar os sintomas, provocando maior sofrimento”, esclarece Dr. Cezar.
Com essas dicas no dia a dia, o período de quarentena pode ser suavizado para os idosos, mas diante da necessidade de acompanhamento médico constante, se não puder evitar ir ao hospital, é importante se proteger o máximo possível, com o uso de máscara e constante higienização das mãos.